web LuAr - capitulo 56

Arthur:

Eu estava confuso, estressado, cansado, sem esperanças, triste, magoado, deprimido, com medo... Tudo junto... Uma mistura de sentimentos dentro de mim. É logico que fiquei assim por Lua ter lembrado de tudo menos de mim, até do tal ex dela o... Pedro Cassiano... Ela nunca tinha me falado desse garoto antes!! Será que ela ainda sentia algo por ele?! Por que ela guardou esse segredo por tanto tempo?! É.. Isso é ciumes sim.. Pois eu sou humano e tenho direito de sentir ciumes da mulher que eu amo!! Não é possivel ela ter lembrado até do pai, da mãe, do colégio, das amigas e menos de mim!! Por que? Por que a vida tem que me castigar tanto?! Antes de sair do quarto dela para tomar um copo d'agua, eu deixei bem claro que iria reconquista-la, que iria fazer ela me amar novamente, nem que isso demorasse muito, nem que ela não aceitasse eu não iria desistir de nós dois tão facil...

Andei pelo longo corredor e fui em direção ao recepcionista, assim que cheguei ele me informou que o café-da-manhã da paciente já estava pronto e que eu podia levar. Respirei fundo, virei um copo de agua de uma vez e andei até a direção onde ela se encontrava. Quando estava no meio do caminho, avistei uma moça morena saindo de dentro do quarto. Por um instante pensei em ser a Melanie, mais logo essa ideia foi descartada, pois a Mel não usaria um vestido tão vulgar para vir visitar a melhor amiga no hospital. Forcei mais minha vista e logo reconheci. Era a Maria. Mais o que ela estava fazendo aqui?! E pior.. Sozinha com a Lua dentro do quarto!! Corri até lá, e quando entrei ela estava com uma expressão nada boa.

- Lua?!

- Me ajuda, eu tô meio tonta... - Falou se apoiando em meus braços.

- Calma, calma, senta aqui na cama!

- Obrigado...

- Esta tudo bem?

- Eu.. Eu acho que sim..

- Tem certeza?

- Tenho, o mal estar já passou...

- Eu trouxe seu café-da-manhã. Tem suco de uva, seu preferido!

- Como sabe disso?

- Eu era seu namorado, lembra?

- Eu lembro que você me contou que eramos namorados, mais não lembro de a gente ser de verdade! - Nós rimos.

- É, eu sei.. Mas, acredite, nós eramos namorados, e muito apaixonados por sinal!

- Não sei se devo confiar em você não, hein? Quem me garante que você não é um aproveitador barato? - Disse irônica.

- Não sou não! Pode ter certeza dona Lua.. Apesar de que, se eu te contar a nossa historia você pode não acreditar! Ela é bem maluca..

- Então me conta! Eu quero saber como nós nos conhecemos! - Ela falava enquanto bebia o suco de uva e eu o de laranja.

- Antes eu preciso te fazer uma pergunta bem mais séria!

- Ah... Primeiro me conta!

- Esqueci que você sempre foi teimosa.. Eu prometo que te conto depois, pode ser?

- Tá bom tentação!

- Do que você me chamou?!

- N-nada.. E-esquece!! - Ela ficou sem graça. É isso mesmo? Ela tinha me chamado de tentação?!

- Ta bom, mais depois você vai me explicar esse negocio de "tentação"! - Ela corou e abaixou a cabeça.

- Faz a pergunta logo!!

- Lua, o que a Maria queria com você? - De repente o sorriso em seu rosto sumiu.

- Maria?

- É... Aquela garota que saiu aqui do quarto, o que ela veio fazer aqui?

- Uma visita!

- Só isso?

- Sim...

- Tem certeza? Pode me contar, eu não vou ficar nervoso..

- E por que você ficaria nervoso?

- Lua, você não se lembra, mais a Maria é perigosa!

- Por acaso ela é uma cobra venenosa?

- E das mais venenosas!!

- Me explica isso direito.

- Bom, acho melhor eu te falar depois, ao longo do tempo, quando você começar a se lembrar.. 

- Arthur!!

- É que eu não quero te deixar confusa!!

- Você ja me deixou confusa a muito tempo, desde que falou dessa historia de namorados!!

- Tá! É que a Maria quase acabou com o nosso relacionamento uma vez e... Ah deixa pra lá, eu não quero lembrar disso!! Por favor!!

- Ok! Tudo bem..

- Mais agora dona, eu quero saber dessa historia de me chamar de "tentação"! - Deixei ela sem graça mais uma vez.

- Você ainda não esqueceu isso?!

- Quem esquece rapido das coisas aqui é você e não eu!

- Haha engraçadinho!

- Sempre que posso, agora pode ir falando!

- Eu tenho vergonha!!

- Vai logo Lua Blanco, chega de enrolação!

- Ah Arthur.. Você meio que ja sabe..

- Não sei não!

- É que.. Você é lindo.. Muito lindo e... 

- Que? Acho que não ouvi direito!

- Para!!

- Ta bom, desculpa, mais é verdade?

- É logico! Você é muito lindo Arthur! - Abaixou a cabeça - Mais agora é melhor você sair daqui..

- Por que?

- Estou morrendo de vergonha de você!!

- Não precisa, afinal você tambem é muito linda, minha branquinha..

- Você me deixa sem graça!

- Desculpa.. Mais é que, Lua...

- Fala!

- Eu estou com saudades..

- Eu estou bem aqui!

- Não é assim! Eu estou com saudade de você.. De ter você pra mim..

- Arthur.. Desculpa. Mais eu n...

- Eu sei.. Eu sei.. E tambem te entendo! Mais é que faz mais de dois dias que eu não te beijo! 

Me aproximei dela, e ja dava para sentir a sua respiração quente, bem proxima da minha pele, o que me arrepiava e me deixava com mais vontade de sentir aquela boca na minha.

- Arthur.. Nós não podemos..

- Lua.. Eu sei que você tambem quer!

- I-isso não é verdade!

- É sim! Eu vejo em seus olhos!

- Não faz isso comigo, por favor!

- Me deixa ser seu, só por um minuto, pode contar no relogio se quiser! Mais só hoje Lua! Só hoje...

- Arth...

- Shiu! - Coloquei o dedo em sua boca. - Só me beije!

Não precisei me mover, quando vi a sua boca ja estava na minha. Finalmente eu podia matar as saudades daquele beijo. O beijo de Lua não tinha descrição. Eu ja estava viciado, e passar dois dias sem ele ja estava quase me matando. Era como *morfina, um medicamento para aliviar a saudade, eu tinha que ter um pouco todos os dias para me sentir bem, para me sentir em paz. Eu sabia que agora que ela tinha perdido a memória, seria bem mais dificil ter os seus beijos e com certeza eu não conseguiria me livrar desse vicio. Ela iria ter que me dar pelo menos um beijo todos os dias, nem que fosse um selinho, nem que eu tivesse que roubar, mais eu iria conseguir. Pode parecer loucura, mais acho que o que sinto por Lua é mais, muito mais do que simplesmente amor.

Continua...